Entre pesquisados, 40% dos entrevistados estão propensos a fraudar o seguro
O desconhecimento em relação a punições, a facilidade em cometer fraudes e a impunidade são fatores que motivam os segurados a cometerem fraudes contra o seguro. De acordo com pesquisa da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização), divulgada nesta terça-feira (9), quatro em cada dez segurados estão propensos às fraudes.
Em compensação, o percentual de segurados que não fraudariam o seguro de forma alguma subiu 18 pontos percentuais em seis anos, passando de 55% em 2004, para 73%, em 2010. Já o daqueles que consideram fácil fraudar o seguro caiu 12%, passando de 37% para 25%, na mesma base comparativa.
Segundo a pesquisa, os segurados entendem que deve ter ocorrido um aumento das fraudes em seguros, nos últimos anos. No entanto, há a percepção de que atualmente as empresas do setor utilizam processos e instrumentos mais sofisticados para detectar e combater fraudes nos seguros.
Classes
Quando se trata das classes sociais, para os participantes da pesquisa as fraudes acontecem em todas elas. Contudo, ainda predomina a ideia de que há mais concentração de fraudes nas classes mais altas, devido ao maior conhecimento e poder de articulação e menor temor quando se trata das punições.
Ainda de acordo com o levantamento, as pessoas com menos poder aquisitivo têm a dignidade como maior patrimônio e temem mais as punições. Elas se arriscariam a fraudar o seguro somente em caso de extremo desespero.
Os tipos de fraudes mais comuns são:
1. Emprestar a carteirinha de convênio médico para outra pessoa utilizar
2. Obter mais de um recibo para um mesmo procedimento médico
3. Fazer uma cirurgia plástica, aproveitando-se de um outro procedimento cirúrgico
4. Combinar um superfaturamento de orçamento nas oficinas de conserto de veículos
5. Omitir fatos na vistoria do veículo
6. Falsificar os dados da ocorrência do sinistro seja em caso de roubo, incêndio ou colisão
7. Contratar o seguro de vida, omitindo o fato de que possui doença pré-existente
8. Contratar o seguro de vida, utilizando-se de informações falsas passadas por médicos em atestados de saúde
9. Simular acidente ou a própria morte
10. Atear fogo ao próprio negócio para receber o dinheiro do seguro
11. Utilizar de “notas frias” para reclamar prejuízos
12. Declarar perdas inexistentes
13. Utilizar falsa declaração de roubo Quantificação da Fraude em Seguros
Metodologia
A pesquisa qualitativa foi aplicada entre os dias 22 e 29 de novembro de 2010, no Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Goiânia e Porto Alegre. Já o levantamento quantitativo foi feito de 7 a 23 de dezembro do ano passado, com 2.004 entrevistados
Fonte: uol.com.br 09/08/11 e CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização)
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